MPT-MS participa de reunião em busca de alternativas para retomar atividades econômicas sem comprometer a proteção dos trabalhadores
Instituição reafirmou compromisso de promoção do diálogo social, da negociação coletiva e da tutela ao emprego e à ocupação
26/03/2020 - A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS), Cândice Gabriela Arosio, discutiu na tarde de ontem (25) medidas que poderiam amortecer o impacto da Covid-19 sobre a economia do Município de Campo Grande. Além do prefeito da capital do estado, Marquinhos Trad, participaram da reunião representantes da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Consórcio Guaicurus – que opera o serviço de transporte público no município.
Na ocasião, Cândice Arosio externou preocupação com uma possível flexibilização das medidas de distanciamento social e com o retorno antecipado de algumas atividades econômicas, que poderiam ampliar os riscos de contágio dos trabalhadores pelo novo coronavírus. Por outro lado, sinalizou a necessidade de ações voltadas principalmente às pequenas e micro empresas, que carecem de amparo estatal nesse momento de fragilidade do contexto socioeconômico decorrente da pandemia.
A procuradora-chefe também reafirmou o compromisso institucional de promoção do diálogo social, da negociação coletiva e da proteção ao emprego e à ocupação, e que o Ministério Público do Trabalho está à disposição para intermediar eventuais conflitos entre empregados e empregadores.
“Estamos aqui para encontrar soluções, um meio-termo. Precisamos entender que as medidas de prevenção foram tomadas sob uma necessidade para que os números de casos não aumentassem. O município fez isso com todo respaldo legal. Neste momento, precisamos avaliar as necessidades de todos e encontrar soluções”, enfatizou Cândice Arosio.
Na capital, o prefeito Marquinhos Trad tem adotado uma série de medidas restritivas para impedir que a cadeia de contaminação pelo novo coronavírus se alastre além da capacidade de atendimento pelos sistemas de saúde. Trad sustentou que as ações, até então implementadas, foram necessárias e tiveram apoio da sociedade.
Representantes do comércio pediram a flexibilização dos decretos como alternativa para evitar um possível colapso da economia.
Até essa quarta-feira (25), Campo Grande registrava 240 notificações, sendo 22 casos confirmados de Covid-19.
Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul
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