Trabalho escravo na Fazenda Volkswagen é tema de seminário da Universidade de Cambridge
MPT foi representado pelo procurador do Trabalho Rafael Garcia Rodrigues, que coordena Grupo Especial de Atuação Finalística (GEAF) que investiga os casos
Brasília (DF), 23/05/2023 - Os casos de trabalho escravo ocorridos nas décadas de 70 e 80 na Fazenda Vale do Rio Cristalino (Fazenda Volkswagen) foram tema de seminário promovido pela Universidade de Cambridge nesta segunda-feira (22). O MPT foi representado pelo procurador do Trabalho Rafael Garcia Rodrigues, que coordena grupo responsável por investigar as irregularidades.
Durante a sua apresentação, o procurador do Trabalho falou sobre a atuação do MPT no caso e ressaltou que depoimentos e documentos requisitados que instruem o procedimento mostram as graves formas de violação dos Direitos Humanos ocorridos na fazenda. Rodrigues destacou que, por essa razão, os crimes praticados na propriedade são imprescritíveis segundo a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
O seminário contou, ainda, com apresentação do padre Ricardo Rezende Figueira, coordenador de grupo de pesquisa sobre trabalho escravo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e responsável pela documentação enviada ao MPT que serviu de base para a investigação do MPT.
A Volkswagen do Brasil se retirou da mesa de negociação com o MPT em audiência realizada no dia 29 de março afirmando que não tem interesse em firmar acordo com a instituição. A negociação envolvia o pagamento de R$ 165 milhões em indenizações a 14 trabalhadores identificados como vítimas, às centenas de outros escravizados que teriam que ser localizados para serem indenizados e às famílias daqueles que foram assassinados segundo relato dos trabalhadores.
Fonte: Procuradoria-Geral do Trabalho
Informações: (61) 3314-8101/8233
www.mpt.mp.br
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