MPT prestigia lançamento do Comitê Estadual contra a Reforma da Previdência
“Propostas irão transformar o país em uma legião de escravos, ferindo a dignidade da aposentadoria”, avalia procurador
29/03/2017 - O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul participou, nessa segunda-feira (27), do lançamento do Comitê Estadual contra a Reforma da Previdência Social, colegiado que reúne quase 400 entidades das categorias de trabalhadores, partidos políticos e sociedade civil organizada.
Na avaliação do procurador do Trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes, que também representa a Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical em Mato Grosso do Sul, “vivenciamos um dos momentos mais sombrios na história do Brasil, com reformas apresentadas pelo governo federal que irão transformar o país em uma legião de escravos, violando direitos fundamentais já consagrados, como o acesso a uma aposentadoria digna”.
Além de rebaixar o patamar de proteção dos trabalhadores, a terceirização, acrescentou o procurador, consiste em uma ferramenta de discriminação, na medida em que classifica as pessoas pelo grau de importância e estimula a informalidade nas relações de emprego. “Sabemos que a arena efetiva de defesa dos trabalhadores são as ruas. Por isso, o Ministério Público apoia os movimentos sindicais e atuará de maneira proativa em prol dessa bandeira que interessa a todos”, completou.
Durante o evento, os participantes fizeram uma avaliação das mobilizações coordenadas pelas frentes nacionais para impedir o avanço das reformas da Previdência Social e Trabalhista nas Casas Legislativas. Também estabeleceram um calendário de ações para os próximos dias, começando por manifestações diversas (greves, paralisação de serviços, manifestações públicas, passeatas, panfletagem) nesta sexta-feira (31). “Esse dia será um ‘aquecimento’ para o 28 de abril, quando o país deverá parar em protesto a essas medidas que visam acabar com a vida dos trabalhadores brasileiros”, definiu José Abelha Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande (Sintracom), que sediou o lançamento do comitê.
Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul
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